quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pintura Renascentista


Pintura renascentista

A definição de Pintura renascentista surge na Itália durante o século XV inserida, de um modo geral, no Renascimento. Esta pintura funda um espírito novo, forjado de ideais novos e em novas forças criadoras. Desenvolve-se nas cidades italianas de Roma,NápolesMântuaFerrara,Urbino e, sobretudo, em Florença e Veneza (principais centros que possuíam, entre os séculos XV e XVI, condições económicas, políticas, sociais e culturais propícias ao desenvolvimento das artes como a pintura).
Não se pode dizer, no entanto, que seja um estilo na verdadeira acepção do termo, mas antes uma arte variada definida pelas individualidades que lhe transmitiram características estilísticas, técnicas e estéticas distintas.
As raízes baseiam-se na Antiguidade Clássica (tomadas a partir da cultura e mitologia grega e romana, e dos vestígios quer arquitectónicos quer escultóricos existentes na península itálica) e na Idade Média (captadas em sentido evolutivo e sobretudo da obra de Giotto que teve na sua arte do século XIII, o pronúncio dos princípios orientadores da pintura do Renascimento).

pintor: Leonardo da Vinci

Obra: Mona Lisa

Arquitectura 

hama-se de Arquitetura do Renascimento ou renascentista àquela que foi produzida durante o período do Renascimento europeu, ou seja, basicamente, durante osséculos XIVXV e XVI. Caracteriza-se por ser um momento de ruptura na História da Arquitetura em diversas esferas: nos meios de produção da arquitetura; nalinguagem arquitetônica adotada e na sua teorização. Esta ruptura, que se manifesta a partir do Renascimento, caracteriza-se por uma nova atitude dos arquitectos em relação à sua arte, passando a assumirem-se cada vez mais como profissionais independentes, portadores de um estilo pessoal. Inspiram-se, contudo, na sua interpretação da Antiguidade Clássica e em sua vertente arquitetônica, considerados como os modelos perfeitos das Artes e da própria vida.
É também um momento em que as artes manifestam um projeto de síntese e interdisciplinaridade bastante impactante, em que as Belas Artes não são consideradas como elementos independentes, subordinando-se à arquitetura.

Arquitecto: Donnato Bramante

Obra: tempieto de Bra

Escultura

escultura renascentista, distingue-se da gótica essencialmente por deixar de ter a função de elemento ornamental, valendo por si mesma. Voltou-se à representação do nu,As estátuas equestres foram retomadas, sendo exemplo de realismo (representação da realidade).
Na escultura do renascimento destacam Lorenzo GhibertiDonatelloMichelangeloLuca della RobbiaAndrea della RobbiaDesiderio da SettignanoBaccio BandinelliAgostino di Duccio e Tullio Lombardo, entre outros. Estes foram impulsionadores da evolução da civilização ocidental e da formação da mentalidade moderna. Pode-se dizer que a escultura é a forma de expressão artistica que melhor representa o renascimento, no sentido humanista. Encontramos várias obras retratando elementos mitólógicos, como o Baco, de michelangelo, assim como o busto ou as tumbas de mecenas, reis e papas.
Mesmo contrariando a moral cristã da época, o nu volta a ser usado refletindo a naturalismo.

Autor: Donatello

Obra: David

sábado, 16 de outubro de 2010

Instrumentos náuticos

INSTRUMENTOS NAUTICOS
EMBARCAÇÕES

Bússola                                        Astrolábio   
   Quadrante                          Balestilha                                                                                              
Bússola
A bússola era, e ainda é, um dos instrumentos de navegação mais importante a bordo.
Foi nos finais do século XII, que a bússola, também chamada de agulha de marear, começou a ser utilizada na navegação. Nessa época, consistia apenas numa agulha magnetizada que flutuava sobre a água, tendo uma das suas pontas viradas para Norte.
Essa indicação do Norte permitia que os navegadores se orientassem em alto mar e não se perdessem em lugares longínquos.
Pensa-se que foi a partir do início do século XIV, em Nápoles, que a bússola passou a ser utilizada tendo como base um cartão com o desenho da rosa dos ventos.
No tempo do Infante D. Henrique já se utilizava a rosa dos ventos com 32 rumos. Nalgumas rosas dos ventos também aparecia uma cruz indicando o Leste, a direcção da Terra Santa.

Quadrante
O quadrante, instrumento muito antigo, já no século XV era utilizado pelos portugueses. Este instrumento náutico foi utilizado pelos portugueses no ano de 1460, ano da morte do Infante D. Henrique.
O quadrante permitia determinar a distância entre o ponto de partida e o lugar onde a embarcação se encontrava, cujo o cálculo se baseava na altura da Estrela Polar.
Tinha a forma de um quarto de círculo, graduado de 0º a 90º. Na extremidade onde estavam marcados os 90º tinha duas pínulas com um orifício por onde se fazia pontaria ao astro. No centro tinha um fio de prumo. Observando a posição do fio de prumo lia-se a graduação que indicava a altura do astro.
Tanto o quadrante como o astrolábio permitiam saber se a embarcação se encontrava mais a norte ou mais a sul, é através da medição do ângulo que a Estrela Polar faz com o horizonte, ou medindo a inclinação do sol, também em relação ao horizonte.

Astrolábio
O astrolábio é um instrumento muito antigo, com o qual se media a altura dos astros acima do horizonte.
O astrolábio permitia descobrir a distância que ia do ponto de partida até ao lugar onde a embarcação se encontrava, mas descobria-se isso medindo a altura do sol ao meio dia. Mas como era isso possível se não havia relógios? Era sim, pois mediam o tempo com ampulhetas, mas com resultados pouco rigorosos. Era vantajoso em relação ao quadrante, não só porque era mais fácil trabalhar à luz do dia, como pelo facto de a Estrela Polar não ser visível no hemisfério sul.
Estes instrumentos foram uma novidade na Europa, datando de 1519 o primeiro desenho e descrição de um astrolábio náutico. 
Actualmente conhecem-se cerca de trinta astrolábrios náuticos portugueses, alguns desses encontrados em navios naufragados espanhóis e holandeses.

Balestilha
Há quem afirme que foram os portugueses que inventaram a balestilha. A origem do seu nome poderá ser balhesta, o mesmo que besta, a arma medieval, devido à sua semelhança.
É constituída por uma régua de madeira, o virote, de secção quadrada e com três ou quatro palmos de comprimento, na qual se enfia a soalha que corre perpendicularmente ao virote.  
A leitura da altura do astro era feita no ponto da escala gravada no virote onde a soalha correspondente tinha ficado, isto porque a balestilha tinha três ou quatro soalhas, conforme a altura do astro a medir.
Para medir o sol, a operação era feita de costas para o astro, para não ferir a vista.
Foi o primeiro instrumento a usar o horizonte do mar e apareceu após o astrolábio e o quadrante. Existe notícia do seu fabrico pelo menos até ao princípio do século XIX.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Embarcaçoes dos descobrimento

Caravela
A partir de 1441, os portugueses passaram a utilizar caravelas nas suas viagens de exploração atlântica. Tal tipo de navio veio a revelar-se o mais adequado para a realização deste tipo de expedições, pois era um navio adaptado à exploração, rápido e usado como recurso de defesa de algumas armadas.
A caravela originalmente definia-se por transportar pano latino, o que lhe dava possibilidade de fazer um tipo de manobra que em mares não conhecidos se tornou indispensável: bolinar - possibilidade de recorrer a uma maior amplitude de ventos.
A caravela portuguesa era um navio de pequeno ou médio calado, que podia ter um porte que oscilaria em média entre os 40 e 60 tonéis, com uns catorze metros de quilha. Geralmente tinha dois mastros com velas latinas, embora as maiores pudessem apresentar três mastros. Tinha apenas um castelo de popa e uma coberta.
Na documentação quatrocentista à curiosa referência a um tipo de navio denominado de "caravela descobrir". Tal caravela seria um navio aperfeiçoado pelos portugueses que seria muito superior aos outros navios de velame latino, pois apresentava vergas latinas de grandes dimensões.
A tripulação de uma caravela poderia rondar os 20 ou 25 homens em média. A partir de finais do século XV e inícios do XVI sofre ajustamentos que deram à caravela um maior porte - passa a poder transportar 50 homens.
No século XVI a importância da caravela diminui, sendo destinada sobretudo a missões de apoio. Também nesse século apareceu um novo tipo de caravela, no qual um dos mastros passou a armar uma vela redonda, pelo que se denominou de caravela redondo.


Nau
Com a primeira viagem de Vasco da Gama à Índia passou a predominar a nau. As naus transportavam pano redondo (e também pano latino se necessário). A nau apresentava três mastros e castelo à popa e à proa.
A nau que fazia a "Carreira da Índia" permitia o transporte de maior tonelagem de mercadorias e tornara-se viável porque aumentara o conhecimento das rotas adequadas para o aproveitamento dos ventos mais favoráveis à progressão das naus.
As chamadas "naus da Índia" deveriam ser as de maior porte, rondando em média os 300 a 500 tonéis. A partir de finais do século XVI, algumas, com quatro cobertas, chegaram a ultrapassar os 1000 tonéis, quando se verificou uma tendência para o aumento da tonelagem dos navios. 
Um galeão é um navio a vela que possui quatro mastros, de alto bordo, armado em guerra, frequentemente utililizado no transporte de cargas que possuiam alto valor na navegação oceânica entre os séculos XVI e XVIII. Alguns tinham 1200 toneladas e 40 bocas de fogo.
Por volta do século XII, o galeão era uma pequena galé com uma só ordem de remos, e de formas finas. Mais tarde aplicou-se o termo a navios de alto bordo e de velas nas carreiras da América, da África e das Índias.
Em 1770, durante a guerra da sucessão da Espanha, vários galeões carregados de ouro afundaram na baía de Vigo.
Em maio de 2007 foi descoberto um carregamento de moedas de prata de um galeão espanhol, com equivalência chegando a 1 bilhão de reais.
O galeão também era usado por piratas, mas após ser roubado ou construido pelos mesmos se chamava Corsário.

Ficheiro:Spanish Galleon.jpg